18 de nov. de 2016

REFLEXÕES SOBRE AS ORGANIZAÇÕES

Peter Drucker afirmou que o gerente é pago para estar desconfortável, mas se ele estiver confortável, é um sinal seguro de que está fazendo as coisas erradas, ou seja, não há espaço para zona de conforto. Recentemente ouvimos que os administradores são os “médicos” das organizações, sendo assim, compete a eles diagnosticar e fazer prognósticos para que as organizações sobrevivam. Muitas vezes um simples CHA (companheirismo, humildade e aceitação) resolve o mal-estar das organizações, decerto não há contraindicações para o CHA – mas isso não descarta o acompanhamento de um profissional competente para receita-lo. A cura restabelece e pode causar transformações no organismo, mas não o livra de outras intempéries. Uma vez que as intempéries não deixarão de ocorrer, flexibilidade é a palavra de ordem para as organizações! A rigidez limita as possibilidades de lidar com as mudanças.
Para administrar é preciso aprender a aceitar, porém precisamos esclarecer que não estamos nos referindo a acomodação, mas aceitar no sentido de receber de forma amistosa e admitir que há diversidade, que o mundo não é homogêneo e que a diversidade de opiniões, de cultura e de experiências é fundamental para sobrevivência. Também precisamos perceber a relevância das interações, pois uma organização é consequência da constituição de um, dois ou mais grupos. É a interação que possibilita a cooperação e a colaboração que são essenciais para a sobrevivência das organizações. 
A difícil arte de administrar nos compele a pensar nas possibilidades, não devemos negligenciá-las, pois nossas possibilidades influem nos nossos sucessos ou fracassos. O êxito pode ser obtido trilhando caminhos diferentes, porém o receio de correr riscos nos acomoda.  Mesmo que uma estratégia alcance os resultados almejados não devemos descartar que pode haver outras possibilidades, o mesmo serve para quando algo não sai como o esperado. Às vezes algo dá errado por não percebermos ou não estarmos abertos a outras possibilidades!
Assim como os seres vivos, as organizações precisam ter a capacidade de se adaptar às mudanças, a tarefa não é fácil porque tanto o ambiente ou a própria organização podem ser o agente causador da mudança. Para administrar é necessário perceber que a transformação não é uma escolha e sim uma imposição! Pois tudo o que vive se transforma. Precisamos admitir que a tão sonhada estabilidade é uma grande falácia! As organizações precisam se transformar, não há como negar: onde houver transformação não haverá estabilidade. A transformação é constante, porém nem sempre conseguimos percebê-la.
Uma vez que se compreende que o estado natural das organizações não é estável, e sim dinâmico, passamos a entender a real necessidade de acompanhar as mudanças impostas pelo ambiente, e também por outras variáveis, cabendo ao administrador atuar como impulsionador das mudanças, como também desenvolver a habilidade de ordenar o caos, criando uma atmosfera harmônica entre o caos advindo dos avanços tecnológicos, mudanças políticas e econômicas, concorrência acirrada e etc., e a ordem necessária ao bom funcionamento e desempenho organizacional.

AUTORES: Carlena Pompeu e Luciano Conceição

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